segunda-feira, 4 de junho de 2012

Cinderelas


Ninguém se admirará se pensar que Cinderela é o conhecido nome do conto de fadas. Contudo na «linguagem filatélica» tem um significado completamente diferente.
Como termo filatélico a cinderela refere-se a uma etiqueta que se parece com um selo do correio mas que não foi emitido pela instituição oficial, não tem valor postal ou monetário e não se encontra nos catálogos habitualmente utilizados. São chamadas de cinderela porque são negligenciadas pelo colecionadores. No entanto pode ser bastante interessante colecionar e constitui um aspecto interessante da coleção.
Cinderelas inclui selos fiscais, selos de caridade emitidos no Natal ou na Páscoa, etiquetas adesivas do correio aéreo e do correio prioritário, etiquetas que informam de algum acontecimento ou produto especial, etiquetas de correio registrado, fiscais, selos de pacotes de correio ou avião.
FONTE: Setempe Magazine, vol.3, nº 3, maio-junho de 1998


Estas cinderelas compõe minha coleção sobre ciclismo, onde irão abordar o surgimento do Pneu como item revolucionário no seu desenvolvimento.


Pneu
Entre o final da década de 1880 e 1900, o mercado de peças e acessórios em torno da bicicleta cresceu. Um importante passo para a segurança e o conforto dos "bicicletistas", foi no desenvolvimento e produção do pneu. Em 1888 John Boyd Dunlop patenteou o pneu com câmara de ar e pouco tempo depois, em 1891, Edouard Michelin, Francês, aparece nas competições com seus pneus sem câmara de ar.



terça-feira, 29 de maio de 2012

Anésio Argenton, primeiro e único brasileiro a faturar uma medalha de Ouro na modalidade em Jogos Pan-Americanos.

Além do feito pioneiro no Pan, registrado nos Jogos de Chicago, em 1959, Anésio detém também o melhor resultado de um ciclista brasileiro em Olimpíada, graças ao quinto lugar na prova de velocidade individual e o sétimo posto na prova do km contra o relógio durante os nos Jogos de Roma, em 1960.

Desde 1998, o ex-ciclista dá nome ao Troféu Anésio Argenton, tradicional prova realizada em Araraquara, religiosamente no mês de agosto, em comemoração ao aniversário da cidade.
 
A vida
Apaixonado pelo ciclismo desde a infância, o menino que começou fazendo entregas para um armazém superou todas as barreiras, a pobreza, nenhum velódromo para treinos, treinar em estradas que não eram asfaltadas, ir às Olimpíadas sozinho, por falta de recursos, sem conhecer nada e sem técnico.

“Fui para as Olimpíadas sozinho. Não conhecia nada, não tinha um técnico, ninguém que pudesse me ajudar. Para chegar na Austrália viajei uma semana em aviões do correio”, afirma durante uma entrevista à imprensa. 

Ao lado de grandes atletas do ciclismo brasileiro, como Mauro Ribeiro, vencedor de 1ª Etapa do Tour de France em 1991, e de Murilo Antônio Fischer, 5º colocado no Campeonato Mundial Elite de 2005 em Madrid, Anésio Argenton foi apontado como um dos 100 maiores atletas do século passado pela revista Época, em edição especial publicada em 1996.

O ex-ciclista era aposentado da antiga Estrada de Ferro Araraquara e morava na cidade ao lado da esposa e das filhas. Ainda jovem, começou a praticar o ciclismo pelas estradas de terra da cidade, onde começou a se despontar em competições pelo Interior do Estado.

Em seguida, partiu para o mundo, levando o nome da Morada do Sol e da Associação Ferroviária de Esportes (AFE) e, posteriormente, da empresa Caloi S/A.
De todos os obstáculos que enfrentou na vida, talvez o pior sido o mais longo dos últimos anos de sua vida. Lutou os últimos 8 anos de vida contra um câncer de intestino e faleceu em decorrência de uma hemorragia interna no Hospital São Paulo em Araraquara.


As conquistas
Anésio foi o maior ciclista que o Brasil já teve. Nas participações em Olimpíadas, Argenton obteve a nona colocação na prova de velocidade em Melbourne (1956), na Olimpíada de Roma (1960), ficou em quinto lugar(recorde brasileiro que durou 20 anos) e sexto lugar, respectivamente nas provas de velocidade e de 1.000 metros contra o relógio. Afastou-se do ciclismo em 1967, ao correu seu último Pan-Americano em Winnipeg, no Canadá.

Conquistou ainda o tetracampenato brasileiro, bi-sulamericano e o único ciclista brasileiro que conquistou uma medalha de Ouro nos Jogos Pan-Americanos, em Chicago, no ano de 1959. Nos Jogos Pan-americanos de São Paulo, em 1963, ficou com o bronze.

As principais conquistas do ciclista de Boa Esperança do Sul, com alma araraquarense: 9º lugar na prova de velocidade nos Jogos Olímpicos de Melbourne (Austrália-1956); Ouro na prova do quilômetro contra o relógio nos Jogos Pan-americanos de Chicago (Estados Unidos da América-1959); 5º lugar na prova de velocidade nos Jogos Olímpicos de Roma (Itália-1960); 6º lugar na prova de 1.000 metros contra o relógio nos Jogos Olímpicos de Roma (Itália-1960); e, Bronze na prova do quilômetro contra o relógio nos Jogos Pan-americanos de São Paulo (Brasil-1963).

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Cartas Circuladas e FDC´s
















Ciclismo utilitário

Ciclismo utilitário compreende qualquer ciclismo que não seja primariamente praticado para fins de exercício físico, de recreação (tal como no cicloturismo), ou de esporte (tal como em competições ciclísticas), mas simplesmente como um meio de transporte. É o tipo de ciclismo mais comum em todo o mundo. Estima-se que a cidade chinesa de Pequim sozinha tem 4.000.000 de bicicletas em uso (tem-se estimado que nos anos 1980 havia aproximadamente 500.000.000 de ciclistas na China). Por volta do ano 2000, havia 80.000.000 de bicicletas estimadas no Japão, responsáveis por 17% dos deslocamentos diários a trabalho.O ciclismo utilitário ou “transportacional” geralmente envolve deslocamentos a curta e média distância (alguns Quilômetros). Inclui ida ao trabalho, ida à escola, colégio ou faculdade, transmissão de mensagens, entrega de bens ou serviços. Em cidades, o mensageiro de bicicleta é uma figura familiar, e bicicletas de carga são capazes de competir com o caminhão e com a van, particularmente onde entregas muito pequenas são necessárias e especialmente em áreas congestionadas. Cicloriquixás também podem fornecer um serviço de transporte público como ônibus ou táxis. A frota brasileira de bicicletas é estimada em 60.000.000 de unidades, segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Estima-se que 53% dessa frota é usada como transporte, na prática do ciclismo utilitário.
Considera-se que o ciclismo utilitário tem vários benefícios sociais, econômicos e ambientais. Políticas públicas que incentivam o ciclismo utilitário têm sido propostas e implementadas por razões que incluem: melhorias na saúde pública, redução de congestionamentos de tráfego e da poluição do ar, melhoria da segurança de tráfego, melhoria da qualidade de vida, melhoria da mobilidade e também da inclusão social, e benefícios para o desenvolvimento infantil.

A bicicleta e o serviço postal




Triatlo

Triathlon é uma palavra grega que designa um evento atlético composto por três modalidades. Atualmente, o nome triatlo é em geral aplicado a uma combinação de natação, ciclismo e corrida, nessa ordem e sem interrupção entre as modalidades.

Pode-se classificar as provas de Triathlon de acordo com as distâncias percorridas e com os locais onde as provas são disputadas. As principais são as seguintes:
  • Sprint: 760 metros de natação / 20 km de bicicleta / 5 km de corrida
  • Olímpico: 1.5 km de natação / 40 km de bicicleta / 10 km de corrida
  • Meio-Ironman ou Ironman 70.3: 1.9 Km (1.3 milhas) de natação / 90Km (56 milhas) de bicicleta / 21Km de corrida (13.1 milhas)
  • Ironman: 3.8 km (2.4 milhas) de natação / 180 km (112 milhas) de bicicleta / 42 km (26.2 milhas) de corrida
  • Ultraman: 10 km de natação / 421 km de bicicleta / 84 km de corrida


Esporte Olímpico

Faz parte do programa olímpico desde a primeira edição moderna dos jogos de Atenas, em 1896, quando os eventos realizados era apenas de Pista.
Até os Jogos de 1984 em Los Angeles teve apenas a participação masculina. As mulheres começaram a participar dos eventos de estrada nas Olimpíadas de Seul, em 1988.
Na Olimpíada de Atlanta, 1996, participaram pela primeira vez ciclistas profissionais e introduziram o método de cross-country e o ciclismo de montanha ou Mountain Bike.
Nos Jogos Olímpicos de Pequim, 2008, foi adicionado outra modalidade desta disciplina "BMX SX" (BMX Supercross), essa modalidade descendente do BMX incorpora novas dificuldades como uma rampa mais íngreme e com saltos maiores, com uma velocidade considerável.



Speed (ciclismo)

Speed são bicicletas feitas para velocidade. Bicicletas speed são mais leves que outros tipos, além de terem uma arquitetura voltada para o formato aerodinâmico. Graças à moderna indústria, a bicicleta é cada vez mais leve, resistente e veloz. Uma brilhante vitória para a máquina que melhor uso faz da energia humana.
Em julho de 1990. depois de pedalar 90 horas, 43 minutos e 20 segundos, o americano Gregory LeMond venceu pela terceira vez o Tour de France, a mais famosa e importante prova ciclistica do mundo. Para LeMond, foi uma questão realmente pessoal. Um ano antes, sua vitória apenas 8 segundos à frente do favorito, o francês Laurent Fignon, estabeleceu um recorde às avessas: foi a menor diferença entre os dois primeiros classificados registrada nessa modalidade de corrida.
Na verdade, a pequena vantagem deixou margem para que os especialistas em ciclismo atribuíssem o êxito do americano não a seu esforço individual, mas à utilização de um novo aparato, destinado a aumentar a aerodinâmica de sua bicicleta. Tratava-se de uma extensão em forma de U, presa ao guidão, que permite ao ciclista apoiar o cotovelo sem sair da posição que proporciona o melhor rendimento nas pedaladas. A uma velocidade de 40 km/h, LeMond foi ganhando de seu adversário francês até 2 segundos por quilômetro rodado, um desempenho tão notável que levou Fignon a adotar o dispositivo em outras provas.
Em pé de igualdede, no ano seguinte o americano pôde provar sua superioridade sem nenhuma margem de dúvida: foram 2 longos minutos e 6 segundos de vantagem sobre o segundo colocado, desta vez o italiano Claudio Chiapucci. Com uma nova vitória na clássica prova, LeMond demonstrou como somar homem e tecnologia. Como bem mostra o ciclismo, a luta pelo tempo hoje em dia, é travada não só pelos competidores, mas por toda equipe, que tem de desenvolver equipamentos cada vez melhores e mais eficientes.
Tarefa difícil, pois a bicicleta tem sido a mais eficiente máquina já criada para converter energia humana em propulsão. Apenas 1% da energia transmitida das pernas à roda traseira se perde, o que torna possível ao ciclista manter facilmente a marcha entre 16 e 19 km/h, isto é, quase quatro vezes a velocidade do caminhar. Não é por outra razão que o formato deste veículo pouco mudou ao longo de sua história.



A bicicleta no esporte

O ciclismo como atividade desportiva teve seus primeiros atos oficiais na Inglaterra com a criação da Bicicle Union (BU) no final do século XIX e alguns anos depois da BU, a itália criou a União Velocipédica Italiana. Em 1892 houve a intenção de oficializar competições a nível continental com a criação da Internacional Cyclist Association (ICA), com sede em Londres, agrupando as entidades da Inglaterra, Bélgica, Itália, Holanda, Alemanha e França, mais o Canadá e os Estados Unidos da América.
Com a ICA, o ciclismo tornou-se um esporte popular quando passou a oficializar competições européias que antes eram organizadas por entidades particulares e assim o ciclismo pôde fazer parte da primeira edição dos Jogos Olímpicos da era moderna realizado em Atenas, em 1896. A nível mundial, o ciclismo ganhou força com a criação da União Ciclística Internacional (Union Cycliste Internationale), fundada em 4 de Abril de 1900 na cidade de Paris (atualmente sua sede é em Aigle, na Suíça).
A primeira corrida de ciclismo documentada foi uma corrida de 1.200 metros ocorrida em 31 de Maio de 1868 no Parque de Saint-Cloud, Paris. A corrida foi vencida pelo inglês expatriado Dr. James Moore que correu em uma bicicleta com pneus maciços de borracha.
A primeira corrida cobrindo a distância entre duas cidades foi Paris-Rouen e também foi vencida por James Moore, que percorreu os 123 quilômetros que separam as cidades em 10 horas e 40 minutos.
A Volta de Portugal é uma das disputas esportivas do ciclismo mais antigas do mundo e é um dos acontecimentos mais populares em Portugal. A primeira edição da "Volta" ocorreu no ano de 1927 e o pódio deste ano foi: António Augusto Carvalho (1° lugar), Nunes de Abreu (2° lugar) e Quirino de Oliveira (3° lugar).


Evolução

Os velocípedes do início da segunda metade do século XIX tinham os pedais fixos ao eixo da roda da frente que era, portanto, simultaneamente motora e diretriz. A velocidade de deslocamento dependia exclusivamente da aceleração rotativa dos pedais e o desejo de obter maior rendimento levou os construtores a procurar um recurso que favorecesse a ação mecânica do velocipedista. A solução mais fácil foi o aumento do diâmetro da roda motora, levando ao aparecimento, em 1874, da "grande bi" ou "biciclo", com rodas desiguais, ou seja, uma que atingia um diâmetro de um metro e meio e a de trás reduzida ao mínimo necessário para garantir o equilíbrio.
A partir da década de 1870, os progressos foram rápidos e consecutivos. Em 1877 os pedais passaram a funcionar na base do quadro, presos a uma engrenagem dentada que uma corrente ligava ao eixo da roda traseira por intermédio doutra engrenagem de menor número de dentes (um sistema on-line de transmissão), assegurando assim, a multiplicação variável conforme as dimensões relativas das duas engrenagens.
Em 1890 aparecia, na Inglaterra, um aparelho chamado "cripto", cujas principais alterações consistiam na presença de rolamentos sobre esferas nos pedais e na aplicação de câmaras de ar às rodas, pois antes, as rodas dos velocípedes não passavam de aro metálico ou de madeira, recoberto, em sua periferia, de borracha maciça destinada a amortecer os choques e ressaltos nos acidentes do caminho. A roda tubular em borracha com uma "alma" contendo ar comprimido foi uma invenção do veterinário escocês Dunlop.



Os primeirros traços da existência da bicicleta tal como a conhecemos hoje, ocorreram em projetos do renomado inventor italiano Leonardo da Vinci, por volta de 1490. Na China a invenção da bicicleta é atribuido ao antigo inventor chinês Lu Ban, que nasceu há mais de 2.500 anos atrás. Em 1680, Stephan Farffler, um alemão construtor de relógios, projetou e construiu algumas cadeiras de rodas tracionadas por propulsão manual através de manivelas, mas o certo é que o alemão Barão Karl von Drais pode ser considerado o inventor da bicicleta, pois, em 1817 ele implementou um brinquedo que se chamava celerífero, desenvolvido pelo Conde de Sivrac em 1780. O celerífero fôra construído em madeira com duas rodas interligadas por uma viga e um suporte para o apoio das mãos e destinava-se apenas a tração utilizando-se dos pés quando o "velocipedista"postava-se na viga de madeira. O Barão Drais instalou em um celerífero um sistema de direção que permitia fazer curvas e com isto manter o equilíbrio da bicicleta quando em movimento, além de um rudimentar sistema de frenagem. O sucesso foi tanto que em abril de 1818, o próprio Barão Drais apresenta seu invento no parque de Luxemburgo, em Paris, e meses mais tarde faz o trajeto Beaune - Dijon, na França. Drais patenteou a novidade em 12 de janeiro de 1818 em Baden, Paris e outras cidades européias. Mesmo sendo um avanço para a época, seu "produto" não tornou-se popular e o Barão foi ridicularizado e seu projeto o tornou um homem falido.
Em pleno século de revoluções industriais e científicas como foi o século XIX, não demorou muito para a draisiana ser modificada e melhorada. Poucos anos se passaram, após o registro de Drais, e o "veículo" foi apresentado em uma estrutura de ferro e também recebeu uma sela, melhorando em resistência e conforto.
No dia 20 de abril de 1829 aconteceu a primeira competição que se tem conhecimento utilizando-se do veículo de duas rodas da época. Neste dia, competiram 26 draisianas percorrendo 5 quilômetros dentro da cidade de Munique.
Em 1839, o escocês Kirkpatrick Macmillan adapta ao eixo traseiro duas bielas ligadas por uma barra de ferro. Isto provocou o avanço da roda traseira, dando-lhe maior estabilidade e possibilidade de manuseio e manejo rápido. Com esse mecanismo a bicicleta ficou mais segura e estável, pois nas curvas evitava o antigo jogo do corpo para o lado oposto ao movimento a fim de manter estável o equilíbrio, já que o equipamento em si era bastante pesado[6].
No ano de 1855 o francês Ernest Michaux inventa o pedal, que foi instalado num veículo de duas rodas traseiras e uma dianteira. Os pedais eram ligados à roda dianteira, e o invento ficou conhecido como velocípede, palavra oriunda do latim velocidade e pé ou velocidade movida a pé. Alguns consideram-no a primeira bicicleta moderna, e na verdade ficou sendo chamado de triciclo posteriormente.
A prefeitura de Paris criou, em 1862, caminhos especiais nos parques para os velocípedes para não se misturarem com as charretes e carroças, dando assim origem às primeiras ciclovias, pois era comum alguns acidentes, rotineiramente os animais das charretes e carroças assustavam-se, causando sustos e ferimentos aos condutores. No mesmo ano, Pierre Lallement viu alguém andando com uma draisiana e teve a ideia de construir seu próprio veículo, mas com a adaptação de uma transmissão englobando um mecanismo de pedivela giratório e pedais fixados no cubo da roda dianteira. Ele então acabou criando a primeira bicicleta propriamente dita depois que mudou-se para Paris em 1863.